Paulinho visita ex-clube e diz que já pensou em largar o futebol
São Paulo - A história de vida de Paulinho nada tem de semelhante com sua atual boa fase no Corinthians. Peça fundamental no esquema do time no Campeonato Brasileiro, o volante de 22 anos superou um drama em sua trajetória por sofrer preconceitos na sua decepcionante passagem pelo futebol europeu. A dificuldade o fez pensar em até encerrar sua carreira precocemente.
A reviravolta na história deve-se muito ao Audax (antigo Pão de Açúcar) — clube de uma rede de supermercados. Grato pela ajuda recebida, ele não esquece de suas raízes. O MARCA BRASIL acompanhou um dia do atleta no seu ex-clube. Em meio a cenas de tietagem explícita e muitos tapinhas nas costas, ao lado dos antigos amigos, Paulinho se emocionou.
“Quando tinha 17 anos, jogava no Pão de Açúcar e tive a chance de ir para a Europa. Fui emprestado ao Vilnius (da Lituânia). Depois, joguei pelo Lodz (da Polônia). Nos dois países, sofria preconceito racial. Quando entrava em campo, imitavam macaco e jogavam moeda em cima de mim. Sofri muito. Não podia reclamar, porque estava no país deles e dependia do dinheiro naquele momento.”
Muito jovem e decepcionado com sua trajetória pelo badalado mercado europeu, Paulinho, por pouco, não pendurou as chuteiras com apenas 20 anos. “Quando voltei ao Brasil, pensei em parar de jogar futebol. Pensava em várias besteiras. Sabia que seria muito difícil ir em busca do meu sonho. Era um recomeço do zero. Graças a Deus ouvi as palavras da minha esposa Bárbara”, relembrou.
O pesadelo de Paulinho teve fim em 2008, quando decidiu abandonar a Europa e retornar ao Audax. “Deixei de lado meu sonho de jogar na Europa, do dinheiro, de tudo para voltar ao Brasil. Voltei, joguei a Quarta Divisão do Campeonato Paulista, fui campeão, ganhei nova motivação e depois me transferi para o Bragantino. Hoje, coloco toda a raiva que tenho e a tristeza da minha vida dentro de campo.”
Início foi como lateral direito
Um pedaço da trajetória de Paulinho no futebol passa pela mãos do técnico Serginho. O ex-comandante do corintiano no time profissional do Audax foi um dos responsáveis por encontrar a posição certa de Paulinho. Mas depois de muita resistência.
“Depois do nosso título da Quarta Divisão do Paulista, O Paulinho, que era lateral-direito (o volante jogava na posição na Polônia e na Lituânia), teve um conversa comigo e pediu para jogar de volante. Eu retruquei: ‘você estava indo tão bem’. Tinha até elogios de times de fora. Coloquei ele no meio e despontou. Ainda bem que escutei o que ele disse (risos)”, relembrou Serginho.
“Ele sempre foi um jogador esforçado por tudo que passou pela sua vida. Via nos olhos dele que tinha brilho de um vencedor”, finalizou o treinador.
A reviravolta na história deve-se muito ao Audax (antigo Pão de Açúcar) — clube de uma rede de supermercados. Grato pela ajuda recebida, ele não esquece de suas raízes. O MARCA BRASIL acompanhou um dia do atleta no seu ex-clube. Em meio a cenas de tietagem explícita e muitos tapinhas nas costas, ao lado dos antigos amigos, Paulinho se emocionou.
“Quando tinha 17 anos, jogava no Pão de Açúcar e tive a chance de ir para a Europa. Fui emprestado ao Vilnius (da Lituânia). Depois, joguei pelo Lodz (da Polônia). Nos dois países, sofria preconceito racial. Quando entrava em campo, imitavam macaco e jogavam moeda em cima de mim. Sofri muito. Não podia reclamar, porque estava no país deles e dependia do dinheiro naquele momento.”
Muito jovem e decepcionado com sua trajetória pelo badalado mercado europeu, Paulinho, por pouco, não pendurou as chuteiras com apenas 20 anos. “Quando voltei ao Brasil, pensei em parar de jogar futebol. Pensava em várias besteiras. Sabia que seria muito difícil ir em busca do meu sonho. Era um recomeço do zero. Graças a Deus ouvi as palavras da minha esposa Bárbara”, relembrou.
O pesadelo de Paulinho teve fim em 2008, quando decidiu abandonar a Europa e retornar ao Audax. “Deixei de lado meu sonho de jogar na Europa, do dinheiro, de tudo para voltar ao Brasil. Voltei, joguei a Quarta Divisão do Campeonato Paulista, fui campeão, ganhei nova motivação e depois me transferi para o Bragantino. Hoje, coloco toda a raiva que tenho e a tristeza da minha vida dentro de campo.”
Início foi como lateral direito
Um pedaço da trajetória de Paulinho no futebol passa pela mãos do técnico Serginho. O ex-comandante do corintiano no time profissional do Audax foi um dos responsáveis por encontrar a posição certa de Paulinho. Mas depois de muita resistência.
“Depois do nosso título da Quarta Divisão do Paulista, O Paulinho, que era lateral-direito (o volante jogava na posição na Polônia e na Lituânia), teve um conversa comigo e pediu para jogar de volante. Eu retruquei: ‘você estava indo tão bem’. Tinha até elogios de times de fora. Coloquei ele no meio e despontou. Ainda bem que escutei o que ele disse (risos)”, relembrou Serginho.
“Ele sempre foi um jogador esforçado por tudo que passou pela sua vida. Via nos olhos dele que tinha brilho de um vencedor”, finalizou o treinador.
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